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O Espaço Bambuí tem orgulho de contar com pessoas muito especiais em sua equipe, e este sentimento só ganhou mais força com a matéria sobre a Thais Zanchettin publicada no Caderno GeraçãoE sobre seu trabalho com a escrita de cartas de amor. Thais também acaba de lançar a sua Oficina gratuita: Desenvolvendo a escrita afetiva aqui nos eventos do Espaço Bambuí. Confira, pois a atividade será no final do mês!

Leia a matéria abaixo:


O trabalho dela é escrever cartas de amor para você

Thais Zanchettin acredita que as pessoas precisam falar mais de seus sentimentos

A jornalista Thais Zanchettin, 33 anos, que mora em Canoas, propõe um serviço curioso para os dias de hoje, quando milhares de mensagens são trocadas virtualmente todos os dias: elaboração de cartas de amor. Pode ser para um parente, amigo, votos de casamento ou até como uma forma de homenagear funcionários.

“Não sou poeta ou escritora, sou ghost writer. Quero facilitar que as pessoas se comuniquem, que falem dos sentimentos. A gente está precisando disso”, argumenta.

Um de seus ambientes de trabalho – que também pode ser a casa do cliente ou um café – é a clínica Espaço Bambuí, de Canoas. Como o dono do local percebeu, falar de sentimentos é terapêutico.

Os serviços da Com Amor, (www.comamorvirgula.com.br) têm um preço base, mas Thais deixa livre para que o cliente pague o quanto julgar necessário. As etapas de seu trabalho consistem em: conversa com quem quer entregar seus sentimentos; escrita; escolha do formato de registro (carta física, álbum, quadro); aprovação; e, finalmente, ajustes. O processo completo leva, em média, uma semana.

“Quero fugir das palavras vazias”, diz, referindo-se a ditos como “você é tudo para mim”. “Ser tudo é ser nada”, compara. A jornalista lembra que as pessoas gostam de se sentir importantes, e a personalização e o cuidado com as palavras gera isso.

“Sou eu que escrevo, mas não sou”, brinca Thais, explicando que seu papel é organizar as ideias a partir do que os envolvidos na história têm a relatar. Ela aplica, portanto, as habilidades de sua formação como repórter.

A relação de Thais com as cartas começou ainda na infância e continua tendo um papel fundamental em sua vida pessoal. Há cerca de 10 anos, a irmã dela faleceu em decorrência de um AVC, aos 35 anos. “Havia escrito uma carta para ela e não tinha entregue”, lembra. É com essa memória que justifica a importância de colocar para fora o que se sente em relação ao próximo.

“As pessoas, às vezes, não querem acessar a emoção”, considera. Para a filha Antônia, de quase dois anos, escreve constantemente.

A intenção de Thais é que a Com Amor, tenha um espaço próprio em breve e que se torne o seu trabalho principal, seu sustento.

“Diferentemente da fala, a escrita exige e permite um nível maior de consciência. Aquele que escreve tem de pensar sobre o assunto, se questionar, escolher as palavras. E esse processo possibilita que, muitas vezes, as situações e os sentimentos vividos sejam reconfigurados. Da mesma forma, aquele que recebe o texto pode ler e reler quantas vezes forem desejadas”, explica.

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