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Entre as especialidades oferecidas no Espaço Bambuí, está a terapia do Alinhamento Energético – A Cura Interior, a qual tem se destacado por sua profundidade e amplitude. Neste artigo do estudioso e terapeuta Ernani Fornari, você vai saber um pouco mais sobre a abordagem da terapia, explorando em especial o aspecto mediúnico.

A característica principal do Alinhamento Energético é a utilização da sensitividade. Através da canalização, se acessa diretamente no inconsciente os conteúdos dolorosos e bloqueadores. Com as ferramentas do Alinhamento Energético, os conteúdos são resignificados, acelerando a cura, o autoconhecimento e a melhoria da qualidade de vida, através da expansão da consciência.

Alinhamento Energético – A mediunidade como terapia

A Natureza dotou o ser humano de 6 sentidos para que ele pudesse ter eficientes ferramentas para caminhar e crescer na vida rumo ao seu objetivo maior – a experiência da Unidade essencial: aqueles 5 sentidos que aprendemos na escola (audição, tato, paladar, visão e olfato) que, juntamente com a mente racional são excelentes ferramentas para se lidar no mundo material tridimensional, e um sexto sentido – também chamado de intuição, mediunidade, paranormalidade, sensitividade, percepção extra-sensorial, canalização – que a nossa cultura (em função da religião e da ciência dominantes) ignorou.

A relação entre a mediunidade e o Alinhamento Energético 1

A perspectiva milenar compartilhada pela maior parte das antigas culturas e civilizações (como por exemplo os orientais, os africanos e os povos nativos das Américas) – e agora amplamente corroborada pela Física Quântica e pelas linhas transpessoais da Psicologia – é de que o Universo, a Criação, é um fenômeno multidimensional, holográfico, sistêmico, e a função do sexto-sentido é possibilitar-nos o acesso consciente a esta teia multidimensional que é a Vida, para que possamos expandir e aprofundar com mais eficiência o nosso movimento evolutivo.

Da mesma forma que cada um dos 5 sentidos físicos pode experimentar uma gama bastante ampla de sensações, percepções e funções, com o sexto- sentido dá-se o mesmo. Por isso alguns xamãs treinam para estar consciente nos sonhos, pessoas treinam para sair conscientemente do corpo, para acessar vidas passadas, para acessar os registros do inconsciente coletivo, a dimensão dos desencarnados, dos elementais, dos extra-terrestres, etc.

Em nossa cultura cristã-ocidental, Allan Kardec na França (séc.19), foi o pioneiro na sistematização do uso do sexto sentido (que ele chamou de mediunidade) para estabelecer um canal de comunicação entre o mundo dos espíritos encarnados e o dos desencarnados. Ele chamou esta eficiente filosofia/tecnologia de Espiritismo.

Praticamente na mesma época, na Áustria, o Dr. S. Freud teve o grande insight de mergulhar no que ele chamou de inconsciente para entender e ajudar o homem a desvendar e resolver a questão do sofrimento. Mas o grande doutor (que não era xamã nem oriental) só dispunha, segundo sua cultura e seus conhecimentos, dos 5 sentidos físicos, da mente racional e da linguagem verbal, que efetivamente não são as ferramentas mais adequadas para se operar em níveis internos que não são tridimensionais nem temporais.

Por isso, em Psicoterapia em geral – e na Psicanálise em especial – os processos terapêuticos podem demorar. E isto não é uma crítica, pois na maior parte das vezes é realmente necessário que se demore mesmo, pois através do desdobramento do verbal (da linguagem) e do racional (o pensamento), o terapeuta vai facilitando habilmente ao cliente a desconstrução gradativa da intrincada rede de resistências, controles e defesas que vamos construindo ao longo de nossa(s) vida(s) para não acessarmos nossas dores, até chegar-se ao contato com os conteúdos e seus núcleos, e aí efetuar sua catarse e sua re- significação.

E tudo isso normalmente tem que ser lento mesmo, pois não se pode sair detonando levianamente as defesas das pessoas, que muitas das vezes é o que ainda as mantém vivas.

Com a chegada do homem branco no Brasil, tivemos a introdução das religiões e cultos africanos – que são chamados genericamente de Candomblé – e que ao contrário do Espiritismo e da Umbanda, não focam prioritariamente a utilização do sexto sentido para trabalhar com os espíritos dos desencarnados (eguns), e sim para incorporar e manifestar as forças da Natureza – as energias arquetípicas chamadas Orixás – e compartilhar do seu Axé (sua energia e Luz).

A relação entre a mediunidade e o Alinhamento Energético 2

Por outro lado, no Brasil, tivemos o surgimento da Umbanda, numa integração dos cultos africanos com o catolicismo, o Espiritismo kardecista e as culturas indígena e oriental, e que também utiliza a mediunidade como uma ponte de contato entre das dimensões dos vivos e dos mortos.

E assim estas três vertentes – Kardecismo, Candomblé e Umbanda – vem seguindo fazendo competentemente seus trabalhos de doutrinação, de cura e de desobcessão.

A relação entre a mediunidade e o Alinhamento Energético 3
Allan Kardec – a pai do Espiritismo

Mas Kardec percebeu que na dimensão sensitiva do ser humano, havia a mediunidade propriamente dita, isto é, o canal capaz de interagir diretamente com o mundo desencarnado, e a havia o que ele chamou de medianimismo ou medianimidade, ou seja, a capacidade de se acessar mediúnicamente a memória anímica inconsciente – registros, traumas, padrões pessoais e ancestrais, sistemas de crenças, impressões de vidas passadas, etc.

Até há pouco tempo, o animismo, isto é, a presença do material psíquico do médium no ato mediúnico, era evitado no universo kardecista e umbandista como o diabo foge da cruz, embora Kardec tenha, desde sempre, reconhecido a importância da atividade anímica no exercício mediúnico.

A partir de certo momento, começaram a aparecer no planeta terapias utilizando como ferramenta terapêutica a mediunidade anímica, porque já se sabe que este tipo de mediunidade facilita não só o acesso do sensitivo ao seu próprio inconsciente como também ao material inconsciente de outra pessoa.

E estas terapias, curiosamente, vem geralmente direta ou indiretamente do mundo nativo (xamânico), pois os pajés, xamãs e curandeiros destes povos sabiam que as doenças e o sofrimento provinham do mundo interno da pessoa.

Um exemplo disso foi o Psicotranse, terapia desenvolvida pelo psiquiatra baiano dr. Eliezer C. Mendes, que começou este trabalho levando filhas de santo de Candomblé para os sanatórios psquiátricos para fazer limpeza energética nos pacientes.

No assunto aqui em questão – a terapia do Alinhamento Energético – chamamos aqui esta medianimidade de canalização, embora este termo esteja mais relacionado com receber mensagens de seres ascencionados, anjos e extraterrestres.

Preferimos chamar de canalização e não de medianimismo, para que o trabalho não pareça estar relacionado com doutrinas espíritas.

No Psicotranse citado acima, este medianismismo é chamado de transidentificação.

Aqui, o objetivo não é utilizar a ferramenta da mediunidade para se incorporar espíritos desencarnados ou Orixás. No Alinhamento Energético o canalizador incorpora emoções, traumas, sistemas de padrões e crenças dolorosas e auto limitantes, e energias desequilibradas vindas de vidas passadas ou das gerações antepassadas do cliente.

Este tipo de canalização tem a capacidade de abrir uma via direta de acesso ao nível inconsciente e de “desinstalar” do sistema psico-emocional as programações em desequilíbrio (chamadas neste trabalho de “corpos energéticos”, e também chamadas de samskaras e vasanas no Yoga), e depois de “reinstalar” estas programações devidamente re-equilibradas e harmonizadas (chamadas aqui de “Corpo em Luz”).

Da mesma forma como em um Centro Espírita de cura quando uma pessoa vai com uma doença para ser operada, o médium incorpora um médico desencarnado e faz uma cirurgia espiritual no órgão que está doente, na terapia do Alinhamento Energético o canalizador incorpora e manifesta os conteúdos psico-emocionais que estão em desequilíbrio no cliente, promovendo também uma verdadeira cirurgia energética no inconsciente.

Ou ainda dentro do mesmo exemplo, assim como em uma mesa de desobcessão kardecista um médium incorpora um obcessor que está instalado em um encarnado, e um doutrinador convence ao obcessor de ir para um hospital ou uma escola no astral se melhorar, desinstalando assim, o obcessor desencarnado da pessoa encarnada, no Alinhamento Energético um canalizador capta um corpo energético (desinstalando este material do cliente) e o dirigente vai convencer à este conteúdo de ser encaminhado para a Dimensão de Luz para transmutar sua qualidade energética e emocional.

Preferimos chamar o terapeuta de Alinhamento Energético de canalizador e não de médium, não só para diferenciar a utilização que damos ao sexto sentido – incorporar mediúnicamente energia psico-emocional – das linhas que trabalham com incorporação de desencarnados, como também porque mediunizar desencarnados e canalizar emoções, são funções que acontecem em áreas diferentes do cérebro e da estrutura energética dos chakras.

Foi esta a percepção que Aloysio Delgado Nascimento – brasileiro, sensitivo e curador, agrônomo e farmacêutico – teve ao observar os trabalhos de cura dos pajés nas diversas tribos em que ele interagiu, no norte e no sul do Brasil, durante 15 anos : a utilização do sexto sentido, da mediunidade, não só para interagir com desencarnados e com as energias da Natureza, mas também para limpar o inconsciente e transmutar os desequilíbrios da energia psico- emocional que está na causa das doenças físicas, psico-emocionais e sociais.

Destas suas observações e estudos, e a partir do “convite” de uma Egrégora – que se denominou “Ministério de Cristo” – que se ofereceu para dar suporte espiritual e energético ao que seria uma readaptação da tecnologia dos pajés para o mundo do homem branco, Aloysio desenvolveu a terapia do Alinhamento Energético.

Após sua morte em 2002, os terapeutas sensitivos cariocas Monica Oliveira e Carlos Henrique Alves Correa – que trabalharam por anos com Aloysio até a morte deste – expandiram o trabalho e o chamaram de Fogo Sagrado e Ouro Verde, respectivamente : um trabalho terapêutico de origem xamânica, mas feito em consultório sem nenhum ritual nem nenhuma conotação religiosa.

Hoje Aloysio trabalha no astral “pilotando” o desenvolvimento do trabalho aqui na Terra junto ao Ministério de Cristo. Para isso, acoplou sua energia à do Guardião Dior Allem di Vaz e hoje é chamado de xamã Dior Allem.

E sexto-sentido, portanto, não é um dom, não é um privilégio ou capacidade de apenas algumas pessoas especiais.

Também não é um poder sobrenatural (como são os siddhis do Yoga). Ao contrário, é um sentido absolutamente natural que está mais ou menos adormecido em nós e em nossa cultura (diferente do que ocorre nas culturas orientais, africanas e nativas das Américas), e que pode ser resgatado para otimizar a eficiência do crescimento evolutivo pessoal e da Humanidade.

Esta forma de utilização do sexto sentido – a canalização – como ferramenta altamente eficiente para se acessar de forma rápida a dimensão psico- emocional e energética do ser humano não é, obviamente, uma exclusividade da terapia do Alinhamento Energético , e tem – especialmente nos últimos 20 anos – surgido em todo o mundo, de forma implícita ou explicitada, no formato de diversas terapias – como nas Constelações Familiares, Theta Healing, Frequências de Brilho, Resgate de Alma, etc. – como mais um movimento inteligente da Gaya para acelerar o processo evolutivo do ser humano nestes tempos tão decisivos para a Humanidade.

Esta terapia não pretende ser melhor do que as outras nem vem para substituir nenhuma técnica terapêutica existente, e sim, para ajudar a criar ainda mais sinergia, e podendo pode ser integrada com qualquer outro tipo de terapia ou de trabalho espiritual.

Hoje existem terapeutas formados integrando Alinhamento Energético com psicologia, homeopatia, reiki, constelações familiares, trabalho espírita e umbandista, nutrição, feng shui, xamanismo norte americano, etc.

Foi muito gratificante poder ter ministrado, há alguns anos atrás, o curso de formação de terapeutas para os membros de um centro de Umbanda no Rio de Janeiro. Foi lindo ver aqueles médiuns de incorporação de espíritos canalizando corpos energéticos, medianimizando!

É lindo saber que este centro hoje, além de oferecer seu trabalho mediúnico de Umbanda, encaminhando obcessores, dando consultas, fazendo caridade, este centro também oferece Alinhamento Energético, porque agora sabe que é necessário limpar a periferia, mas é importante acessar as raízes dos registros e memórias que fazem com que os obcessores, por exemplo, sejam atraídos por ressonância.

ERNANI FORNARI

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