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Sentir dor é ruim, ter de conviver com ela pode ser ainda pior. Para acabar com o incômodo, as pessoas, geralmente, recorrem a comprimidos por conta da praticidade. Porém, estudos mostram que a mente, junto com outras técnicas não farmacológicas, pode ser uma poderosa ferramenta no tratamento de dores agudas e crônicas.

“O melhor tratamento para dor está bem abaixo dos nossos narizes”

Foi o que disse ao The New York Times o neurocirurgião e especialista em dor James Campbell. Ele sugere que não devemos assumir que a dor representa algo catastrófico que nos manterá longe de viver como queremos. “Se a dor não é uma indicação de que algo está seriamente errado, você pode aprender a viver com ela”, afirma.

E conviver com a dor não precisa ser sofrido. Com as chamadas terapias complementares e integrativas, é possível controlar e aliviar a dor a fim de ter uma qualidade de vida melhor.

Algumas delas são bem conhecidas: acupuntura, massoterapia e reflexologia, por exemplo. Esses tratamentos podem atuar em conjunto com a medicina tradicional, mas buscam também reduzir o consumo de fármacos e a automedicação. “Cada uma age de uma determinada forma, mas todas têm uma característica comum: pensam na prevenção, no tratamento da pessoa em desequilíbrio”, explica Maria Belén Posso, mestre e doutora em enfermagem e coordenadora do Comitê de Práticas Complementares e Integrativas da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). As terapias complementares buscam a cura e a prevenção pelo próprio corpo e busca reduzir o consumo de remédios.

A partir do entendimento da pessoa como um ser completo e cheio de energias, as terapias complementares trabalham com o reequilíbrio da essência energética do corpo. Embora o termo ‘energias’ possa remeter a um campo alternativo e não factual, Maria Belén explica que, sendo formados por átomos, somos carregados de energias positivas e negativas. Estas, quando eliminadas, aliviam a dor.

De acordo com um estudo publicado em 2016 no Journal of the American Medical Association, técnica de redução do estresse com base na atenção plena e terapia cognitiva comportamental (TCC) provaram ser mais efetivas do que cuidados tradicionais no tratamento de dor lombar.

A mossoterapia é uma aliada no tratamento de dores crônicas
A massoterapia é uma aliada no tratamento de dores crônicas

Enquanto a atenção plena é voltada para identificar os sinais que o corpo emite (uma dor de cabeça pode ser resultado de tensão dos músculos da face), a TCC ensina a reestruturar a forma como pensamos os problemas.

“As práticas integrativas preparam o organismo e a mente das pessoas para mostrar a importância delas mesmas no entorno. É muito mais fácil absorver a energia que te reequilibra com os canais de energia abertos”, diz Maria Belén.

O American College of Physicians, nos Estados Unidos, publicou novas diretrizes para tratar dores nas costas em abril deste ano. Entre as recomendações estão calor superficial, massagens, acupuntura, reabilitação, tai chi chuan e yoga.

Uma vez que o consumo constante de remédio pode provocar o efeito rebote, em que o próprio medicamente causa dor e doses cada vez mais altas são necessárias, as terapias complementares vêm como métodos pouco ou nada invasivos e livres de drogas.

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